20 de agosto
Final do meu treinamento... E podemos dizer que passou rápido 12 semanas!
Foram os 3 meses mais importantes da minha missão, pq foram os meses em que eu senti, aprendi e vivi as primeiras experiências de como ser um missionário.
Meu desafio logo de cara foi com país totalmente diferente que o meu, e mais, Monterrey é a maior cidade de todo México (com excessão da capital) e encontrei pessoas de todo país aqui. Tive que me adaptar a vários sotaques de espanhol, ao horário diferente (para eles, levantar cedo é as 10,11h), da comida que é as 14h/15h e a comida e forma de comer (com as mãos, sem talheres muitas vezes). Descobri que em todo prato pode haver feijão (amassado), abacate, tortilhas (que realmente é uma arte, pq é barato, faz bem, se come com tudo e ainda te enche), e pimenta que já coloco em toda comida pq é viciante, fora as águas de sabem que bebemos em toda casa.
Passei por experiências engraçadas e curiosas, como encontrar um cubano (muiti gente boa e membro), e nos levar (um brasileiro e um mexicano) para comer com seu amigo colombiano em um restaurante tailandes kkk; ou encontrar uma mulher chamada Nídia que nos pediu ajuda em sua casa e tinha umas 30 estátuas da santa morte de todos os tipos, tamanhos e cores, e todas tinham um cartão da amizade kkk; ou um homem nos parar e dizer que Deus está chamando ele como novo profeta na terra; também teve o dia em que me senti famoso dando duas entrevistas no maior cartão postal de Monterrey sobre futebol (um sonho né); também teve o projeto de serviço com ratos e baratas e as casas que pintamos.
Aprendi que quando os membros veêm o trabalho dos missionários, nos reconhecem e nos compensam na comida. Tive a oportunidade de ir com membros em 3 restaurantes e 2 buffets (membros diferentes e lugares diferentes).
Aprendi a ganhar a confiança dos membros sem perceber e vi isso quando a irmã Wendy Trejo (Pres. da OM) em sua casa começou a chorar e a contar de seus problemas pessoais e da liderança da rama e nos dizendo que de todos os membros éramos os que ela se sentia mais a vontade para desabafar. E o Pres. da rama que foi um pouco duro comigo no começo e descobri que ele teve problema com outros elderes gringos, hoje ja me abraça e nos liga para saber se temos a comida das semana, isso fora a irmã Norma que estava totalmente inativa e agora até lagosta compra para nos mimar, e sempre as pessoas nos oferecem carona (coisa que não tinha aqui antes).
Aprendi a lidar com situações difíceis, como todas as alas da estaca se unirem para aumentar a frequência e deixarem a Central sozinha e mudar a ala para rama e ver os membros indo para outras alas mesmo morando em nossa área como forma de protesto, muitos se inativarem e se desanimarem com isso. Vi o desentendimento de uma família recém conversa com família de pesquisadores (ou seja, o pior pesadelo para missionários), e também aprendi a "brigar" com meu companheiro, vi que me calar e ficar no meu canto estava fazendo mal p0ra mim e tínhamos que resolver as coisas de uma forma mais madura.
Vivi experiencias espirituais únicas, como ver um senhor de uns 60 anos depois de 40 anos de sua vida ir para igreja e dizer que encontrou o que estava procurando a anos ao ler o livro de mórmon em 2 semanas e meia; ou estar presente quando uma jovem do mundo fez uma oração de joelhos pedindo que Deus colocasse uma pessoa na sua vida que ele não conhecesse e lhe diria qual igreja é a verdadeira e o Senhor fez com em uma atividade de estaca os jovens prestassem seus testemunhos e ela escutar por várias vezes que ESSA É A IGREJA VERDADEIRA; e por fim pude ver um homem que nasceu na igreja luterana nos dizer que todas as igrejas tem o evangelho de Cristo, mas só a nossa tem o Livro de Mórmon que confirma tudo.
A parte de tudo, ou melhor, um conjunto de tudo, foi a família da Evelyn e seus irmãos Dani, Devani e Eiden e sua mãe Pâmela que me fizeram ver meu propósito e o motivo pelo qual fui chamado para servir na MELHOR MISSÃO DO MUNDO !!!
Sobre meu companheiro Elder Valdes, pude ver que realmente o meu antigo presidente da missão McArthur foi inspirado e sabia o que estava fazendo. Aprendi com ele que as pessoas não precisam ver o quão cansado estamos para reconhecerem nosso esforço, que o domingo é o melhor dia para fazer amizade com membros, que devemos escutar a todos (escutamos muito desabafos de mendigos coitados), aprendi que mutas vezes as pessoas não tem a culpa do que fazem e simplesmente fazem porque creem que será uma atitude correta, aprendi que não podemos alterar o livre arbítrio das pessoas, é um poder que nem Deus tem, e o mais importante, DEVEMOS AMAR AS PESSOAS PARA CONHECER-LAS, E NÃO CONHECER-LAS PARA AMAR-LAS!!!
Desculpa os erros de ortografia, tenho dificuldade para diferenciar português e espanhol.